sexta-feira, 5 de julho de 2013

COMO TUDO COMEÇOU

Olá galera, como vão?

Hoje eu trago uma matéria bem curiosa e instigante. Vocês sabem como a franquia Pokémon teve início? Como chegou até onde está? Não? Então embarque nessa jornada e veja como isso tudo aconteceu e muito mais!

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17 anos, mais de 650 monstrinhos e 210 milhões de games vendidos. Será que essa jornada um dia vai ter fim?
Há 17 anos atrás contávamos 151 Pokémon. Hoje temos mais de 650 (e crescendo!). As pessoas que decoravam o nome dos 151 primeiros Pokémon eram considerados verdadeiros prodígios. Hoje, gerações entram e gerações saem e a fórmula de sucesso continua sempre a mesma: criaturas carismáticas, batalhas estratégicas e muitas, muitas horas de diversão. Saiba agora de onde surgiu, onde está e pra aonde vai a nossa franquia predileta.

Tudo começa com um sonho
Caterpie.
Desde criança, Satoshi Tajiri era apaixonado por video-games e animais, principalmente insetos. Entretanto ninguém sabia que essas duas paixões juntas viriam a se tornar mais tarde, uma das maiores franquias de entretenimento do mundo.

Infelizmente a mãe de Satoshi proibia que ele criasse animais domésticos em casa por morar em um condomínio e isso com certeza, frustaria qualquer criança. Logo, ele descobriu outros meios de fazer o que realmente gostava e começou a sair em bosques a florestas próximos à sua casa para caçar, capturar, colecionar e trocar insetos. Essa paixão rendeu à ele o apelido de "Dr. Bug" (Doutor Inseto) entre os colegas. Satoshi ainda era viciado em jogos Arcade (Fliperama), e muitas vezes matava aula na escola para passar o dia todo jogando. Ele inclusive, possuia um desses em casa.

Na adolescência, Tajiri começou a fazer um curso técnico no Tokyo National College of Technology e depois de muito esforço, formou-se. Seu pai o obrigou à ser Técnico Elétrico, mas ele recusou afirmando que não era aquilo que ele realmente queria.

Satoshi Tajiri.
Em 1981, Satoshi ganha um prêmio de design de games da Sega, concorrente da Nintendo na época. Foi então que sua paixão por games falou mais alto em 1982, quando juntou-se com mais dois amigos (Junichi Masuda e Ken Sugimori) e fundou uma revista chamada Game Freak que falava exclusivamente sobre video-games e com o tempo tornou-se muito popular na terra do sol nascente.

De uma simples revista, Game Freak se tornou uma desenvolvedora de games. Satoshi começava à se destacar no mundo dos games com seus livros e ideias e sua empresa criava jogos para gigantes como Nintendo e Sega. Foi então que a Game Freak ganhou um escritório em Tókio, dentro da Nintendo e Satoshi já começava a esboçar o jogo que relembraria sua infância: encontrar, capturar insetos e colocá-los em batalha.

GameBoy Color conectados por Cable Link.
Foi então que Satoshi viu duas crianças jogando Game Boy conectados através do Cable Link e imaginou que aquela seria uma das formas de transferir "insetos" de um para outro e ampliar/completar suas coleções. E foi nessa hora que Tajiri apresentou sua ideia à Nintendo, que aprovou o projeto e resolveu dar uma chance à ele. Mal sabiam eles que acabaram de apoiar a ideia que se tornaria em pouco tempo, uma franquia poderosa.
Satoshi Tajiri com um Nintendo DS em mãos.
E finalmente após 5 longos anos de trabalho árduo criando personagens, cenários e monstrinhos, Pokémon Red & Green (Pokémon Red & Blue no ocidente) são lançados em 1996 no Japão e sem ter divulgações estrondosas, alcançam a marca de 10 milhões de cópias vendidas em solo japonês. A partir daí, as portas para Pokémon se abriram pela Nintendo. O sucesso traria mais produtos sobre Pokémon, tais como TCG, mangá, animê e filmes. Nascia ali, uma das maiores marcas de entretenimento mundial.
Logo americano de Pokémon.

Satoshi Tajiri nasceu em Machida (subúrbio de Tókio), no Japão, no dia 28 de agosto de 1965 (47 anos) e atualmente é o CEO à frente da Game Freak. No dias de hoje, Satoshi não se envolve mais diretamente na criação e desenvolvimento dos novos jogos Pokémon, mas é claro, permanece ligado indiretamente à franquia.

Os números não mentem
Tudo bem, sabemos que Pokémon é um tremendo sucesso mundial, e tudo mais, mas até onde serão seus limites? Será que um dia a Nintendo ou Game Freak anunciarão o fim de tudo?
Um fator que talvez faça com que Pokémon permaneça intacto por muitos e muitos anos é o lucro. Pokémon é uma das franquias mais lucrativas no mundo do entretenimento, lotando cada vez mais os cofres da Nintendo à cada ano que passa. As estatísticas de vendas comprovam que mesmo com os problemas envolvendo a pirataria, Pokémon é um gigante quando se trata de vendas.
GameBoy e seus jogos principais.
GameBoy Color e seus jogos principais.

No GameBoy e GameBoy Color, nas 1° e 2° gerações, Pokémon Red, Pokémon Blue, Pokémon Gold e Pokémon Silver acumularam 46,65 milhões de games vendidos. Ainda no Game Boy, Pokémon Yellow faturou sozinho mais de 8,86 milhões de cópias.


GameBoy Advanced e seus jogos principais + remakes.


Já no GameBoy Advanced a franquia não foi tão bem sucedida, mas continou no topo. Pokémon Ruby e Pokémon Sapphire venderam 13 milhões de cópias juntas. Os remakes Pokémon FireRed e LeafGreen alcançaram 11,82 milhões juntos. Por último, Pokémon Emerald atingiu a marca de 6,32 milhões de games vendidos.
Na atual plataforma, Nintendo DS foi um estouro de vendas. Pokémon Diamond e Pokémon Pearl venderam 17,57 milhões. O menos sucedido, Pokémon Platinum vendeu 7,06 milhões de unidades. Na 5° geração, Pokémon Black e Pokémon White atingiram 14,71 milhões de cópias. Suas segundas versões, Pokémon Black 2 e Pokémon White 2 ainda não possuem números oficiais divulgados, mas faturaram 1,6 milhão nos dois primeiros dias de lançamento no Japão, algo realmente assustador.
Vale ressaltar que esses são dados dos jogos principais da série e os Spin-Offs (que são inúmeros) não estão listados, o que aumentaria os números dessa lista ainda mais. É muita grana, não é? Já ouviram aquele ditado: "Em time que está ganhando, não se mexe"? Pois bem, é assim que funciona. Pokémon é algo lucrativo para Nintendo e com números assim, a empresa jamais teria em mente planos para acabar com a franquia tão cedo, não é mesmo?

Animê e filmes: A febre mundial

Pikachu usando o Electro Ball (animê).

Outra parte que com certeza contribui no desempenho e no sucesso de Pokémon são o animê e os filmes. Hoje, no Brasil eles não são tão famosos quanto nos começo dos anos 2000, quando eram uma verdadeira febre. Mas, no Japão o animê ainda faz um tremendo sucesso e não dá nenhum índice de que está perto de acabar como pudemos perceber na recém notícia de que Ash Ketchum está confirmado como protagonista principal no animê dos jogos Pokémon X & Y.

Ash, Pikachu, Froakie, Chespin e Fennekin.

Sobre os filmes, eles fazem um enorme sucesso no Japão e atualmente todo ano temos um longa-metragem dos monstrinhos nas telonas japonesas. Afinal, quem não deixou escorrer algumas lágrimas ao ver essa cena em Pokémon: Mewtwo Contra-ataca?

Pikachu chora ao ver seu treinador caído e inerte no chão (Pokémon: Mewtwo Contra-ataca).

Produtos à perder de vista!

Não bastasse as vendas assustadoras dos jogos Pokémon, a franquia ainda debuta uma enxurrada de produtos que não acabam mais. Além dos jogos, TCG, animê, mangá e filmes, Pokémon conta com uma infinidade de pelúcias, brinquedos, jogos, materiais escolares, roupas e acessórios que atraem o público mais rápido que um Sweet Honey atrai um Combee.

Muitos ainda associam Pikachu ao camundongo Mickey Mouse dos Estados Unidos. O monstrinho amarelo com bochechas vermelhas atrai tanto dinheiro que algumas pessoas costumam denoniná-lo "Mickey Mouse Japonês" ou "Rato dos ovos de ouro" fazendo uma alusão à famosa história da "Galinha de ovos de ouro" e que tinha supostamente a habilidade de botar ovos maçiços do minério.

Pokémon Center no Japão.
E é claro que isso contribui muito para o nome da franquia, lucrando cada vez mais e tornando Pokémon cada vez mais popular em diversos países e locais. Isso porque os produtos Pokémon vendem feito Max Repel e olha que existem poucas lojas que comercializam produtos oficiais pelo mundo! Ou você nunca foi doido pra ter uma pelúcia oficial do seu Pokémon preferido em cima da sua cama?
Como se não bastasse uma pelúcia só, Lisa Courtney ao 24 anos de idade tem praticamente tudo sobre Pokémon. Ela é recordista pelo Guinness World Record (Livro dos Recordes) em 2010, listando mais de 14 mil produtos sobre os monstrinhos. E sim, todos nós temos uma pontinha de inveja da coleção dela. Observem:
 https://www.youtube.com/watch?v=DtDSW-3juVM&feature=player_embedded
Nova geração à caminho

Como todos nós também já sabemos, a sexta geração dos monstrinhos de bolso está cada vez mais próxima. Os jogos principais saem em Outubro, o animê também. Além disso, um filme já foi confirmado para o ano que vem, e diversos produtos já estão sendo comercializados, mostrando que região de Kalos está chegando com tudo e promete fazer muito sucesso no mundo todo. 
A Nintendo está contando muito com a ajuda de Pokémon X & Y, pois como os jogos serão exclusivamente para Nintendo 3DS, a empresa está otimista em relação aos fãs que obviamente terão que obter o console para conhecer a nova região e os novos monstrinhos. Isso provavelmente alavancará as vendas do console e certamente manterá a Nintendo no topo com seus portáteis que atualmente são o seu potencial no tão competitivo mundo dos games. Mais um motivo pelo qual Pokémon tem uma longa estrada no Nintendo 3DS, no qual está prestes à debutar.

Um legado para a vida toda

Todos nós sabemos que inicialmente, Pokémon era pra ser um jogo voltado ao público infantil. Mas não é o que realmente acontece. Grande parte do público que joga Pokémon é um público jovem e adulto. Mas e aí, uma hora os adultos vão perder o interesse por Pokémon e parar de jogar? Talvez. Nem tudo dura pra sempre e os nossos interesses mudam ao longo dos anos. Fãs deixam de ser fãs, mas existem aqueles que serão fãs até quando acharem conveniente, ou "para sempre". Os fãs que perderem interesse por Pokémon ao crescer com certeza não terão seus vínculos com Pokémon cortados tão facilmente. Muitos de nós (ainda sendo fãs ou não) passaremos nossos ensinamentos aos nossos filhos e netos, para que os mesmos compartilhem o prazer, emoção e alegria que temos, tivemos e teremos com os monstrinhos de bolso.

Mãe e fã de Pokémon grávida e em outra foto, seu bebê fantasiado de Pikachu.
Afinal, quem nunca quis dizer à um filho: "Eu vivenciei a época de Bulbasaur, Squirtle e Charmander. Hoje perdi a contas de quantos Pokémon existem" ou "Nossa filho, você viu? A 10° geração foi anunciada!". Portanto, mesmo que alguns fãs parem de seguir a franquia (o que não é o meu caso), grande parte deles passarão as pokébolas à seus filhos, netos e sobrinhos, dando continuidade à história dos monstrinhos de bolso por muitos e muitos anos.


Considerações Finais

Pikachu e suas famosas bochechas.
Ao decorrer dessa matéria podemos perceber que Pokémon trilha uma jornada de sucesso à 17 longos anos. Apesar das indas e vindas, assim como Ash em suas jornadas pelo mundo Pokémon, a jornada da franquia parece estar bem longe do fim. Muito pelo contrário, seu sucesso que vem crescendo à cada geração e isso mostra que os monstrinhos de bolso estão deixando seu legado no mercado do entretenimento. A Nintendo e a Game Freak estão trabalhando duro para que Pokémon cresça cada vez mais e mais e que traga cada vez mais fãs dos Pokémon. Pokémon nos provou que não foi preciso usar nenhum Rare Candy para chegar onde estão e que se continuarem desse jeito, muitas pokébolas serão lançadas e muitas batalhas serão travadas, por tempo indeterminado. Sim, essa jornada está longe de acabar.

Agradecimentos: Tec Mundo, LA Times, BBC e Pokémon Company.

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